sexta-feira, 19 de setembro de 2008
quarta-feira, 30 de abril de 2008
Lua Morna
Dexâ-m lambuxa na bo,
Limia nha korpu ku káima!
Luâ dés ki tempu na altura
Bu limia préta, bu limia bránka, Luâ!
Luâ riba riba mutu riba,
Pa riba simbrom ku tambarinha,
Riba trópa ku nhu pádri, Luâ!
Luâ nóba sima Rikardina
Más redónda ki Putchutcha
Xeia sima petu-Sheila, Luâ!
Lua, limia riba xeia!
Xeia, lua, limia, riba!"
Música deliciosa da maravilhosa Mayra Andrade
domingo, 30 de março de 2008
A Cidade da Madrugada
Nas palavras do Poeta, és mulher, amor, navalha. Em mim, és repouso, doença, sonho, corpo maior.
Nínguém te olhou, crua e sumarenta como és, e enfim, todos te olharam...
Ninguém te cantou como o Ary:
"No castelo ponho o cotovelo
em alfama descanso o olhar
e assim desfaço o novelo
de azul e mar.
À Ribeira encosto a cabeça
almofada da cama do Tejo
com lençóis bordados à pressa
na cambraia de um beijo.
Lisboa menina e moça menina
da luz que os meus olhos vêem, tão pura
teus seios são as colinas, varina
pregão que me trás à porta, ternura.
Cidade a ponto luz, bordada
toalha à beira mar, estendida
lisboa menina e moça, amada
Cidade mulher da minha vida.
No Terreiro eu passo por ti
mas da Graça eu vejo-te nua
quando um pombo te olha sorri
és mulher da rua.
E no bairro mais alto do sonho
ponho o fado que soube inventar
aguardente da vida e medronho
que me faz cantar.
Lisboa no meu amor, deitada
cidade por minhas mãos, despida
lisboa menina e moça, amada
cidade mulher da minha vida."
José Carlos Ary dos Santos
O Povo das Estrelas
É aqui que me início...esta é a porta entre o corpo, a língua e o chão.
Aqui comemoro a utilidade da beleza de nascermos diferentes e nos oferecermos ao vento, habitando as cores, com o canto a aproximar o abraço que nos alimenta o sonho.
Aqui me torno parte das vozes de cada olhar...
Assim é, e que assim seja:
" O céu é o meu tecto; a terra a minha pátria e a liberdade é a minha religião."
De nós, ciganos, os nómadas-poetas, começa a música. Descalçem os sapatos que o baile vai começar...
terça-feira, 26 de fevereiro de 2008
Missangas
" Para lá da fantasia e da imaginação existe sempre uma dimensão oculta, que ultrapassa a cultura própria do povo que a criou...
...A essência é exactamente esse outro lado, invisível, secreto, que intuímos e nos é revelado para lá da narrativa que o suporta..."
Paula Chambel
O meu coração tem muitos países, muitos sentidos...mas só uma língua.
Subscrever:
Mensagens (Atom)